quinta-feira, 10 de março de 2011

Dois e dois não são quatro

Dentro de mim residem dois EUs
Um EU que sorrir e um outro EU que chora
Um EU que vai em frente e outro EU que desiste sempre
Um EU adormecido e outro EU acordado
Um EU que anda calmamente e outro EU que corre insistentemente
Um EU que tem sonhos e outro EU que tem pesadelos
Por vezes o EU adormecido acorda e o EU acordado adormece
Então quem era só sorrisos deságua em lágrimas
Quem corria passa a caminhar lentamente, muito devagar para quem tem um mundo de pressa.
Um Eu foge do outro
Como  sol que não  pode ter a presença da lua
Tão pouco o dia que não vê a noite de céu estrelado
Dois EUs habitando um mesmo corpo
Um corpo que as vezes se cansa pela presença de dois seres tão diferentes
Como duas almas condenadas seguem os dois EUs
Um esperando o adormecer  do outro para viver
E eu esperando que os dois se acertem que vivam pacificamente dentro de mim

Valdinéa

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